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Museu Hebraico Abraão Zacuto

 O Sonho e a Realidade

Dra. Salete da Ponte, Docente IPT

Samuel Schwarz adquiriu o edifício da sinagoga em 5 de Maio de 1923, para evitar o seu abandono, a sua mutilação, ou mesmo a destruição de um símbolo da comunidade hebraica tomarense. Deve-se a este ilustre investigador a salvaguarda do mais antigo templo hebraico de Portugal: o valor histórico deste modesto edifício (1)  é incontornável para o conhecimento da história de Tomar, sobretudo da comunidade hebraica aí residente.

 

Em 29 de Março de 1939, Samuel Schwarz doou ao Estado Português a «velha esnoga», com a condição expressa de instalar ali, o Museu Hebraico. Em 27 de Julho de 1939 é, por despacho ministerial, homologada a criação oficial do museu; mais recentemente o Grupo de Amigos deste monumento paradigmático pretende, com o apoio da comunidade internacional, avançar para a instalação de «um outro museu e biblioteca onde se documenta a História dos Judeus em todas as nações do mundo (2).

 

A Sinagoga de Tomar é a "única" que resistiu aos tempos históricos, conservando o espaço nuclear deste edifício hebraico. E de sublinhar o espírito científico e humanista de várias figuras da época de Samuel Schwarz, que, tal como o Homem, dedicava a sua vida à investigação, à divulgação e à classificação das múltiplas memórias das gerações hebraicas passadas.

 

A personalidade e a obra de Samuel Schwarz têm sido perpetuadas pela existência da Sinagoga de Tomar. No entanto, não basta. Cumpre-nos, a todos nós, e em particular ao Estado, ampliar a história da comunidade hebraica de Tomar, contribuindo para a salvaguarda e a valorização deste monumento nacional.

O despertar recente

As descobertas arqueológicas efectuadas em 1985 e 1987, e o estudo nuclear da cultura material exumada, foram determinantes para a avaliação interpretativa do monumento como centro vital de toda a comunidade judaica residente naquela área. No entanto, a argúcia e a lucidez científicas evidenciadas no estudo de Santos Simões sobre a orgânica arquitectónica da sinagoga, e os contributos preciosos de Garcez Teixeira e de Samuel Schwarz, respectivamente nos domínios da investigação artística e epigráfica, durante o segundo  quartel do século passado, foram os primeiros alicerces de um sonho em construção, e que tarda em tornar-se na memória viva da comunidade hebraica de Tomar.

 

Os últimos 20 anos do séc. XX são férteis, pelo renascimento de profícuos estudos sobre a história universal dos judeus, salientando a investigação recente sobre os Judeus de Portugal. E precisamente a divulgação da documentação medieval sobre a minoria judaica portuguesa, associada a outras memórias ainda "vivas" nos indícios estruturais subjacentes às práticas quotidianas das culturas identificadas, ou nas evidências estruturais classificadas, que nos permite uma abordagem mais alargada das memórias do passado e das vivências do presente, numa emergente tendência de evolução sobre o lugar, a mensagem e a herança cultural da comunidade hebraica tomarense do séc. XV.

 

A comunidade judaica 

São escassas as referências e os registos arqueo-históricos de judeus, em Portugal, anteriormente ao séc. XIII. No entanto, registámos em Tomar algumas estelas funerárias descontextualizadas, procedentes do cemitério medieval da Cerrada/João do Couto nos terrenos de Santa Maria dos Olivais, e do de Carregueiros. A excepção de uma ou outra lápida funerária (sécs. X-XI), a maioria não deverá ser anterior aos sécs. XIII/XIV-XV. A presença de vários grafitos geométricos em artefactos cerâmicos do período romano-germânico à Reconquista (­ sécs. VII/VIII/XII), achados em contextos arqueológicos seguros, poderá indiciar a presença ténue de indivíduos judeus em Tomar.

 

A existência de dois documentos escritos datados do séc. XIV - um, epigráfico (1315); outro, paleográfico (1384) - assegura, em Tomar, a presença de uma nova comunidade étnico-religiosa, no espaço urbano da recente Vila de Baixo tomarense. O primeiro trata de uma inscrição funerária dedicada ao judeu Rab Jo­ seph, de Tomar, falecido em 13 de Janeiro de 1315 em terras do Algarve (3); o segundo, de 27 de Dezembro de 1384, menciona pela primeira vez a Comuna Judaica de Tomar reportando-se à doação do serviço real dos judeus a Joao Rodrigues, criado do mestre da Ordem de Cristo (4).

 

É precisamente nas centúrias de Trezentos e de Quatrocentos da história recente de Tomar que verificamos um aumento demográfico significativo, resultante da fixação da comunidade hebraica no coração urbano tomarense. Houve, de facto, factores determinantes para a permanência de uma comunidade hebraica em Tomar, estando esta relacionada com a Ordem do Templo e, depois, Ordem de Cristo: o crescimento económico de Tomar é coincidente com a governação, em 1420, de D. Henrique, administrador da Ordem de Cristo, o qual obtém para Tomar uma série de privilégios mencionados na documentação régia da época. Tal facto explica as escassas referências anteriores à construção da sinagoga tomarense, durante a era de Trezentos.

A vitalidade económica e sociocultural de Tomar na centúria quatrocentista é evidenciada pelas memórias marcantes na actual paisagem tomarense.

 

O aumento demográfico, provocado essencialmente pelo impulso socioeconómico de Tomar. no séc. XV  motivou a necessidade de uma judiaria, e, consequentemente, de uma sinagoga. Desconhecemos o número aproximado de indivíduos que habitariam a judiaria de Tomar no séc. XV. A documentação régia compulsada por vários investigadores permite-nos calcular, em meados do séc. XV, uma população em cerca de 150 a 200 indivíduos.

 

A onomástica 

A onomástica das famílias judaicas de Tomar (Chaveirol, Sapaia, Alfangi, Rondim, Maçarel, Alcaide, Alfandarim, Da Alva, Barzelai, Muala, Tovi, Da Faia, Grevi, Fasquia, Pichel, Naar, Matutel, Aziz, Levi, Sadiaz, de Leiria, Jacob, Cinfa, Aviziboa, Tevi, Capaio, Rina, Salomão, Santa, Adia, Baruc, Adida, Abravez, Cassuto, Arrondina (5) permite-nos verificar que alguns desses apelidos provêm das comunas de Guimarães, Viseu, Guarda, Leiria, Santarém e Abrantes. Parecem evidenciar, por outro lado, que algumas dessas famílias (Chaveirol, Matutel, em Santarém; Baruc, Da Alva, em Leiria; Sapaio, em Abrantes), nos inícios do séc. XV, em Tomar se fixaram, dado o surto económico registado no tempo do Infante D. Henrique.

 

As fontes escritas medievais dão-nos conta da estratificação social da comunidade judaica.

 

Os Sapaios constituíam a mais poderosa família hebraica tomarense, ocupando-se de actividades como medicina, ourivesaria e arrendamento das rendas públicas.

 

Este pequeno grupo de elite, constituído por mercadores ricos, rendeiros e físicos, distinguia-se dos hebreus de condição média, graças às mercês ou cartas régias de privilégios, e ao poder económico confortável de que desfrutavam nesta cidade quatrocentista. A classe média ocupava-se essencialmente da actividade comercial, de média e pequena escalas, bem como da indústria artesanal (tecelagem, tinturaria, alfaiataria, sapataria, ferraria, latoaria, etc.) e da agricultura. Em suma, a documentação medieva permite-nos rastrear algumas das profissões exercidas pela comunidade hebraica de Tomar, desde os mais poderosos (administradores da fazenda régia, de bens da nobreza e da Igreja, rendeiros dos direitos reais, banqueiros, médicos, físicos), passando pelos mercadores e pelos comerciantes de grosso trato, até aos mais humildes mestres ou artífices hebreus. Está por determinar o número exacto de habitantes judeus e cristãos-novos existentes em Tomar durante os sécs. XV e XVI.

 

A Sinagoga

Esta construção quatrocentista representa o "coração" da comunidade hebraica, significando, igualmente. a casa de oração, de convívio, o tribunal, a câmara de vereação e a escola. É também a simbólica da minoria hebraica numa comunidade tomarense em crescimento, sobretudo em tempo de surto urbanístico que Infante D. Henrique promoveu para Tomar.

 

A sinagoga da judiaria de Tomar, mandada construir pelo infante D. Henrique entre os reinados de D. Duarte e D. Afonso V, era frequentada tanto por homens como por mulheres.

 

É um edifício gótico com fachada virada a norte e cujo corpo central ou casa de oração é de planta quadrangular, com uma elevada abóbada de arestas sem nervuras, de tijolo, assente em quatro pilares centrais monocilíndricos e doze mísulas parietais (6). O núcleo central tem apenas 9,5 metros por pouco mais de 8 metros.

 

A estrutura orgânica da casa de oração é idêntica à conhecida cripta da Colegiada de Ourém. Ambas as construções sugerem modelos tradicionais batalhinos, onde o gosto requintado e peculiar de motivos estilísticos dos capitéis apontam para a presença da escola de artífices e construtores da Batalha, nos inícios de Quatrocentos.

 

Além do mais, torna-se bastante ingrato e duvidoso referir qual das duas é a mais antiga. A cronologia tardia de cerca de 1460 sugerida por Santos Simões é contrariada pelas descobertas arqueológicas de estruturas e de mobiliário cerâmico e metálico (7) datáveis do tempo de D. Afonso V, período de utilização daquele espaço hebraico.

 

Estas novas peças arquitectónicas permitem-nos a reconstituição volumétrica e morfológica da sinagoga "geminada". A axonometria virtual aqui proposta baseia-se em vários factores conjunturais: o códice quinhentista descrito por Pêro Alvares Seco, os testemunhos arqueológicos dos últimos 15 anos da centúria anterior, as hipóteses ventiladas por Santos Simões e de Samuel Schwarz, e, mais recentemente, as achegas preciosas de funcionalidade da sinagoga por Maria José Ferro Tavares.

 

A análise interpretativa proposta por nós é sobretudo resultante de todos estes contributos. procurando reproduzir os vários espaços conhecidos e identificados de uma mesma construção (sala de oração) ou casa quadrada; porta do levante; o mikveh e o forno, a poente; a logea e o piso sobrado.

 

A fachada principal da sinagoga, virada a norte,  constava de uma janela grande de pedraria, com entrada principal, do lado oriental, que abria para um pequeno pátio ou átrio de entrada (logea): este dava acesso à sala de "oração", pela porta com ogiva lanceolada, situada à sua direita (8), e ao piso sobradado (com alterações significativas), por meio de umas escadas, situadas no sul do pátio, que teriam servido de casa do hazan ou escola (9). Esta ala do edifício da sinagoga era frequentada apenas por homens judeus; daí a designação de sinagoga dos homens. As instalações a sul e a poente do núcleo central da sinagoga corresponderiam à sinagoga das judias. Ora, a logea situada à direita da casa de oração dava acesso a ambas as sinagogas "geminadas", formando um complexo e único corpo arquitectónico, do qual conhecemos uma ínfima parcela do edifício da sinagoga.

 

 

A sinagoga renovada

Há necessidade de assegurar, conscientemente, a perenidade da nossa memória colectiva, através da salvaguarda e da valorização das várias marcas culturais, que fazem parte da história tomarense, dela emergindo, no séc. XV, os papéis socioeconómico e cultural da comunidade hebraica.

 

É indispensável que o Estado Português cumpra a promessa de 1933, para a instalação, no local, de um "museu luso-hebraico". É certo que os objectivos e os princípios orientadores de requalificação do espaço físico, e as directrizes metodológicas de musealização, que propomos para a Sinagoga de Tomar são diferentes das de Samuel Schwarz, mas idênticos quanto à emergência de dignificar as vivências da comunidade hebraica de Quatrocentos.

 

A requalificação e a valorização do edifício da sinagoga passam, em primeiro lugar, pela cartografia arqueológica de peças construídas, prosseguindo a investigação arqueo-histórica no terreno e nos arquivos. É do conhecimento geral que a janela da fachada principal tinha uma grade de ferro para a Rua Nova (10) e uma série de janelas e frestas entaipadas nas paredes nascente, sul e poente; estas últimas permitiriam, assim, o arejamento e a iluminação do primitivo espaço religioso. Dois outros vãos na parede sul da sala de "oração” (11) são visíveis numa gravura por ambos publicada: uma serviria para um armário ou arca (aron), destinado aos rolos da Tora, e o outro corresponderia a uma outra porta, situada mais a sul da porta com ogiva lanceolada. É conveniente, no nosso entender, a confirmação desta hipótese, bem plausível, assim como proceder a várias acções arqueológicas em torno da casa de oração, a fim de podermos avançar para a reconstituição axonométrica do edifício da sinagoga.

 

Por outro lado, os muros do mikveh para o banho ritual, e o forno para cozer pão ázimo, situados numa cota inferior à da logea, estão ora interrompidos, ora sobrelevados por outros muros, ora no sentido das barreiras construtivas.

 

O poço situado num pequeno quintal, a sul, apresenta vestígios de uma conduta, em direcção aos banhos sagrados; são ainda visíveis, numa cota inferior à do piso térreo, vestígios de novas estruturas, que, no nosso entender, são por ora de interpretação duvidosa, mas que deverão estar relacionadas com o mikveh, na mesma cota que aquelas.

 

O mobiliário doméstico recolhido nas acções arqueológicas de 1985 e 1989 dá-nos uma visão aproximada do quotidiano hebraico, sobretudo do das judias.

 

Foram identificadas peças cerâmicas, metálicas e de vidro, destinadas à cozinha, à mesa e ao culto religioso. Citemos, neste último caso, os fragmentos de lamparina feitas de vidro incolor grosso; uma das candeias, de cerâmica, continha ainda vestígios de cera. As poucas alfaias litúrgicas e culturais encontradas no mikveh e, no acesso ao piso sobradado, do lado poente, permitem-nos determinar quão importante era a imersão do corpo, cuja finalidade consistia na purificação e na limpeza do espírito, antes de as judias se aproximarem do local sagrado.

 

Os artefactos cerâmicos aparecem, na generalidade, associados a fins domésticos, ora para a confecção de alimentos, ora para a conservação e o armazenamento de secos e molhados; as alfaias metálicas são sobretudo peças de uso doméstico e de mobiliário.

 

O grupo de moedas medievais recolhidas, sobretudo as mais antigas e referentes ao reinado de D. Afonso V, confirmam a existência, e não a construção, da sinagoga no 2.° quartel do séc. XV.

 

Seguir-se-á às paredes esventradas do edifício e à finalização futura dos trabalhos arqueológicos no espaço ocupado pelo edifício o estudo prévio de requalificação e musealização da sinagoga.

 

Estudo prévio 

O edifício e as ruínas das duas sinagogas deverão ser os pilares estruturais do Plano de Conceptualização Arquitectónica e Museológica.

 

O tema central do Museu Luso-Hebraico/Abraão Zacuto deverá funcionar como o estigma histórico para as gentes locais e para todos quantos possam rever o espaço ocupado e vivido pela comunidade judaica de Tomar.

 

A estrutura orgânica do edifício da sinagoga constituirá, em suma, a síntese do contexto e do conteúdo das memórias emergentes de uma vida dinâmica até ao édito de expulsão dos judeus, em 5 de Dezembro de 1496.

 

Seria igualmente interessante que a Sinagoga de Tomar fosse a mensagem museográfica sobre as relações desenvolvidas entre a minoria hebraica e o rei; o papel das comunas e das judiarias; as liberdades, os usos e os costumes outorgados pelas cartas de privilégios e de foral; o retrato administrativo e jurídico da população hebraica e cristã, que traduzisse o perfil e o estatuto social da comunidade hebraica de Tomar; o papel económico dos judeus em Tomar no séc. XV; a história de cristãos-velhos, cristãos-novos e o cruzamento dos sangues judeu e cristão. Por fim, os efeitos da Inquisição em Tomar.

 

Enfim, preconizo para o edifício da sinagoga a criação de um espaço museografado, com a imagética das pedras e as memórias vivas que emergem de um turbilhão de "genes" culturais, que são o suporte da profícua e complexa herança de uma sociedade multifacetada, de diferentes culturas, de um povo e de um país que é Portugal.

 

Referências 

1.     F.A Garcez Teixeira, “A antiga sinagoga de Tomar” Contribuições para a historia das Actas em Portugal

2.           L. Vasco, “Sinagoga de Tomar”

3.   Maria José Pimenta Ferro Tavares, “Os judeus na época dos descobrimentos”

4.           Idem

5.           M. S. A Conde, “Tomar Medieval” O espaço e os homens.

6.           F.A Garcez Teixeira

7.           Salete da Ponte, F. Lapa

8.           J.M. Simões

9.           Maria José Pimenta Ferro Tavares

10.      J.M. Simões

11.      J.M. Simões, F.A. Garcez Teixeira

 

 

Leituras

História Universal dos Judeus. Da Génese ao Fim do Séc. XX, Élie Barnavi, Ed. Hachette Louvre, 1992

 

Lápides Judias em Portugal

Diaz Esteban STEBAN, F (1991), Estudos Orientais (2), Lisboa, pp, 207-215,

 

Tomar medieval. O espaço e os homens

CONDE, M. S. A., (1996), (Patrimonia Histórica), Cascais.

 

Mobiliário doméstico proveniente das escavações na Sinagoga de Tomar Os Judeus e os Descobrimentos

FERREIRA, M. A., (1992), Tomar, pp.l01-l09.

 

A antiga Sinagoga de Tomar,

Contribuições para a História das Actas em Portugal (IV)

GARCEZ TEIXEIRA, F. A., (1925), Lisboa.

 

Os Judeus de Belmonte

GARCIA, M. Antonieta (2000)

Os Caminhos da Memória.

 

A sinagoga de Tomar. Seu enquadramento na problemática da presença judaica em Portugal

LAPA. F .. (1989)

Boletim Cultural e Informativo da CMT (No 5) Tomar, pp 105-170

 

Guarda, Histórias e Cultura Judaica

Museu (2000)

 

A sinagoga de Tomar e os Descobrimentos, Os Judeus e os Descobrimentos

PONTE, S. (1992), Tomar, pp. 95-100.

 

Testemunhos e vivências arqueo-históricas de ambas as culturas em Tomar, Judeus & Arabes da Península Ibérica

PONTE, S. (1993), pp. 161-167.

 

O Infante D. Henrique em Tomar

PONTE, S. (1994)

Oceanos, no 17 - Março 94, pp. 26-31

 

Enterramentos medievais nas imediações de Sta. Maria dos Olivais

PONTE, S., e MIRANDA, J. (1994), (Tomar), Actas dos Trabalhos de Antropologia e Etnologia, vol. XXXIV - fasc.1-2, pp. 419-440.

 

Necrópoles medievais de Tomar

PONTE, S. (1997), Arqueologia Medieval (6), Porto, pp. 47-56.

 

A Sinagoga de Tomar: dimensão sociocultural e religiosa da Comunidade Hebraica, III Congresso de Arqueologia Peninsular, vol. VIII

PONTE, S. (2000): Terrenos da Arqueologia da Península Ibérica, Porto, pp. 151-160.

 

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