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Les Juifs à Tomar

OS JUDEUS EM TOMAR

Carlos Veloso

Publicado no Cidade de Tomar de 6 de Fevereiro de 2004 

AS ORIGENS

A origem da comunidade hebraica em Tomar pode datar do início do século XIV, o que é corroborado pela lápide achada em Faro que refere a morte do Rabi José, de Tomar, em 1315, mas nada impede que venha do século anterior, possivelmente ao serviço da Ordem do Templo e, mais tarde, da de Cristo, especialmente durante o governo do Infante D. Henrique.

No entanto, o mais antigo registo sobre essa comunidade nesta Vila, data de 1384, quando é doado, por D. João, Mestre da Avis, o serviço geral dos judeus de Tomar a João Rodrigues, criado do Mestre da Ordem.[1]

A JUDIARIA

Foi o seu crescimento demográfico que decerto suscitou a criação de uma Judiaria na Rua Direita (hoje Rua Dr. Joaquim Jacinto), perto da praça de S. João (hoje Praça da República) e da Corredoura, “ou seja, muito próximo do centro sócio-económico do concelho”. Ao longo do século XV, o seu crescimento impôs-lhe o encerramento de portas entre o pôr e o nascer do sol. [2]

Segundo informação recolhida por Romualdo Mela, existia uma tradição que assinalava o prédio, no cruzamento com a Rua dos Moinhos, onde vivia o “guarda” da Judiaria, que fechava as respectivas portas ao pôr-do-sol[3], e decerto as abria à alvorada. A este respeito, Santos Simões, em 1943, refere o testemunho oral de um tal sr. Elisário que lhe disse “que aquela rua tinha sido a judiaria, que era uma rua ‘trancada’, e que o seu Pai, morto há cerca de 30 anos com a bonita idade de 99, lhe dissera muitas vezes que nas esquinas havia sinais dos sítios das trancas e, do lado da Rua dos Moinhos, havia uma espécie de porta em arco”[4], do qual já então não havia vestígios.

É com a conversão forçada de 1497 e a criação da figura do cristão-novo que é abolida a Judiaria de Tomar, sendo mudado o seu nome para Rua Nova e transitando muitos cristãos-novos para outros arruamentos, enquanto cristãos-velhos se instalavam nas casas deste modo devolutas

A POPULAÇÃO JUDAICA

Segundo Maria José Ferro Tavares, em meados do século XV a população judaica de Tomar andaria em cerca de 150 a 200 indivíduos, tendo chegado, na altura da expulsão, em 1496, a um número entre os 250 e 300, número esse decerto aumentado com judeus espanhóis vindos depois da sua expulsão pelos Reis Católicos, em 1492[5].

De acordo com o numeramento de 1527, o primeiro censo da população efectuado em Portugal, Tomar teria então uma população aproximada de 737 moradores, o que, a aceitar uma razoável mas improvável estabilidade demográfica desde 1496, representaria uma percentagem de sangue judaico em 34 a 40% do total da população.

AS FAMÍLIAS

Entre as mais importantes famílias judaicas de Tomar destaca-se a dos Sapaio, a residir aqui na primeira metade do século XIV. São conhecidos Isaac e seu filho, David Sapaio, este último físico do prior da Ordem do Hospital, lugar em que se mantinha em 1471. Outros membros da família, ligados à infanta D. Beatriz (mãe de D. Manuel), a seu filho e à Ordem de Cristo, eram Jacob Sapaio e Bento Sapaio, que cobravam as rendas da Ordem. É precisamente Jacob Sapaio que surge, em 1494, como um dos ourives das alfaias religiosas oferecidas por D. Manuel  ao Convento de Cristo. Mestre Guedelha Sapaio, filho de Jacob Sapaio, era físico, exercendo a medicina em 1486. Bento Sapaio, mercador e rendeiro, associava-se em 1488, com José Penafiel, judeu de Lisboa, e arrendava o trato das tenças da casa real, cujo pagamento era feito, em grande parte, em açúcar da Madeira que eles vendiam directamente, ou através de mercadores italianos seus representantes na Madeira. Esta relação com o comércio internacional atesta da importância económica e social desta família.

Os seus membros, com Isaac Baruc, mercador rico, foram os únicos judeus de Tomar que receberam carta de privilégio de D. Afonso V e D. João II, que lhes permitia “fazer-se transportar em ‘besta muar de sela e freio’, o que os coloca a par do patriciado municipal cristão”.[6]

No entanto, embora outros judeus houvesse em Tomar com razoável abastança, a maioria da “gente de nação”, como eram conhecidos, dedicava-se ao artesanato e ao pequeno comércio de tenda aberta, aliado decerto à venda ambulante.[7]

OS ESTAUS

Muitos destes pequenos comerciantes decerto se abrigavam sob as arcadas dos edifícios dos Estaus, também referidos como “Paços”, mandados construir pelo Infante D. Henrique. Estes edifícios, ocupando ambos os lados da velha Rua dos Arcos, destinavam-se a aposentadoria, em distintos andares, de dependentes de D. Henrique e outros visitantes da pequena nobreza, e também de gente de mais baixa condição, nomeadamente feirantes e, precisamente, judeus, que podiam ocupar com o seu comércio as arcarias góticas, de que apenas duas restam libertas, encontrando-se emparedadas as restantes que não foram demolidas.

Estas construções, atribuídas por Costa Rosa aos artífices do Claustro da Lavagem do Convento de Cristo, devido a semelhanças formais e à identidade das siglas verificada nos dois monumentos, teriam sido edificadas depois de 1438, decerto devido aos protestos do povo, nas Cortes de Lisboa desse ano, contra os inumeráveis abusos cometidos pela nobreza ao usar do “direito de aposentadoria” [8], abusando de filhas e mulheres dos moradores, servindo-se dos seus bens e chegando mesmo a desalojá-los.

A SINAGOGA

Construída a Sinagoga em meados do século XV, a sua utilização como templo judaico cessou em 1496, devido à expulsão dos Judeus então decretada por D. Manuel I. Passou a ser utilizada, a partir de 1516, como cadeia pública. Entre finais do século XVI e inícios do XVII, depois das necessárias obras, passou a local de culto cristão, como “Ermida de S. Bartolomeu”. Depois da sua profanação, presumivelmente durante o século XIX, foi utilizada como palheiro, servindo, em 1920, quando visitada por um grupo de arqueólogos portugueses, de adega e armazém de mercearia. No ano seguinte, foi classificada como Monumento Nacional e, em 1923, adquirida pelo Eng. Samuel Schwarz, que suportou as despesas da sua limpeza e desaterro, doando-a ao Estado em 1939, com a condição de aí ser instalado um Museu Luso-Hebraico.

É um edifício quadrangular, cuja nave é coberta por uma abóbada de aresta suportada por quatro elegantes colunas e por mísulas embebidas nas paredes. É flagrante a identidade desta construção com a da cripta de D. Afonso, Conde de Ourém, anexa à Colegiada daquela Cidade.

Anexas à Sinagoga encontram-se algumas salas ligadas ao culto judaico, estando identificada a sala destinada ao “mikveh”, o banho de purificação, descoberta no âmbito das escavações desde 1985 levadas a cabo sob a direcção de Salete da Ponte. Moedas e cerâmica aí achadas confirmam a datação acima apontada para a sua construção.

O ANTI-JUDAÍSMO NA ARTE

Duas obras de arte presentes em Tomar revelam o anti-judaísmo latente que persistia após a expulsão dos judeus e a conversão forçada dos cristãos-novos:

— O pórtico de João de Castilho do Convento de Cristo (c. 1515), em que algumas imagens representando Profetas (Miqueias, Ezequiel, Jeremias e Isaías), com o Torah nas mãos, dominados do alto pela imagem de Maria ladeada pelos Doutores da Igreja (S. Jerónimo e S. Gregório Magno,  de maiores dimensões, com Santa Ambrósio e Santo Agostinho, de menores) representariam a oposição Lei Velha/Lei Nova (Antigo Testamento/Novo Testamento) ou Sinagoga/Igreja [9]. É incomum esta subalternidade de figuras do Antigo Testamento face às do Novo.

— Também no painel de madeira pintada de c. 1550, proveniente da Igreja de Santa Maria do Olival, hoje exposto na Igreja de Nª. Srª. da Graça e atribuído a Gregório Lopes, “Milagre eucarístico de Santo António”[10], se manifesta o sentimento anti-judaico: para converter o judeu Guillard, que negava a presença de Cristo no sacramento da Eucaristia, Santo António consegue, pela oração, que uma mula esfomeada, colocada entre uma ração de aveia e a hóstia, se ajoelhe perante esta.[11]

No entanto, D. Manuel I opunha-se firmemente a uma política de discriminação face aos cristãos-novos o que tenta garantir em carta de 1516, a eles dirigida[12].

GIL VICENTE E OS CRISTÃOS-NOVOS

Gil Vicente, o pai do Teatro português, transmite nas suas peças muitos dos estereótipos popularmente atribuídos aos judeus, bem como os insultos com que era então hábito mimoseá-los. Isso é especialmente expressivo no Auto da Barca do Inferno (1517), na peça O Juiz da Beira (c.1525), no Diálogo sobre a Ressurreição (1527) e na trova que dedica, precisamente, ao trovador cortesão Afonso Lopes Sapaio, da já referida família dos Sapaio de Tomar, onde o acusa de falso cristão:

“A Moura que deu ferida

a quem nunca foi ferido

nem se viu em arruído,

deve ser Moura fingida,

pois matou Cristão fingido[13] 

Foi o mesmo Gil Vicente que apresentou, em 1523, no Convento de Cristo e perante toda a corte de D. João III, a sua famosa Farsa de Inês Pereira, segundo parece baseada em figuras e factos reais passados nos arredores de Tomar. No entanto, a peça não foi decerto representada no Claustro da Hospedaria, nem no dos Corvos, como refere Amorim Rosa, respectivamente nos seus Anais do Município  e na História de Tomar, visto que ambos os claustros só viriam a ser construídos mais de vinte anos depois[14].

Na famosa peça, além de uma referência de Inês Pereira aos judeus, como covardes, são precisamente dois judeus casamenteiros, versão masculina das tão detestáveis alcoviteiras, que lhe arranjam o péssimo casamento com o escudeiro Brás da Mata, de quem esperam pagamento: “Dai-nos cá senhos ducados”, diz um deles.

Contudo e apesar da tendência anti-judaica que antes parece assumir, manifesta claramente, na sua carta escrita de Santarém em 1531 a D. João III, a corajosa defesa dos cristãos-novos, acusados por frades locais de serem os culpados pelo terramoto então ocorrido. Também no Auto da Lusitânia, do ano seguinte, mostra uma família judaica sob cores enternecedoras, encarecendo a grande união e amor que reina entre os seus membros, sendo manifesto o seu desejo de uma integração no corpo social português[15]. Estaremos nós perante uma reviravolta de Gil Vicente na sua atitude perante os judeus, ou os estereótipos das suas restantes peças serão apenas um acto de condescendência perante o gosto e os preconceitos do público? Fica por resolver esta dúvida.

A verdade é que, em 1533, representa em Évora o Auto dos Agravados, o mais demolidor libelo contra a corrupção e a estupidez radicada na Corte e no Paço, disparando as suas setas certeiras contra o círculo de cortesãos mais próximos do rei e do alto clero que “assenta mitra em cabeça d’asno”. Não podia ser mais claro, nem mais corajoso, num momento em que a Inquisição preparava a sua entrada em Portugal. Por acaso ou não, mestre Gil falece em Évora no ano de 1536, ano precisamente em que D. João III obtém autorização de Roma para a criação do tribunal do Santo Ofício, mais tristemente conhecido, precisamente, pelo nome de Inquisição. E assim, a antipatia popular face aos cristãos-novos, alimentada por determinados sectores do clero, vai ter um novo e terrível instrumento à sua disposição.

A INQUISIÇÃO

Seria precisamente no Convento de Cristo que o frade jerónimo Frei António de Lisboa, seu Prior e reformador da Ordem por mandato de D. João III, viria a presidir a interrogatórios e autos da Inquisição que, em 1543-44, levaram à realização de dois Autos-de-Fé em Tomar, os únicos de que aqui há notícia.

No primeiro auto-de-fé, realizado no domingo, 6 de Maio de 1543, junto ao novo pelourinho, instalado na Praça de S. João (hoje Praça da República) foi queimada viva Beatriz Gonçalves, de Gouveia, como herege e pertinaz, tendo os restantes sete a vida salva mas perdendo a quase totalidade dos seus bens, depois de terem sido alvo de tortura.  Acompanharam os réus, em procissão saída da Charola do Convento de Cristo, 40 monges, um deles portador do crucifixo. Fora armada tribuna em frente do cadafalso, estando presente todo o clero secular de Tomar[16].

A única condenada à queima teria sido apedrejada por alguns rapazes, apesar da proibição expressa dos próprios inquisidores, e as suas cinzas arderam durante três dias, apenas findos os quais foi dado o “espectáculo” por terminado.[17]

No segundo auto-de-fé, realizado em 21 de Julho de 1544, foram queimados vivos Jorge Manuel, Rui de Andrade e Gaspar Zuzarte, ficando “reconciliados” os restantes onze, embora depois de bem torturados e confiscados de boa parte dos seus bens. Na sua esmagadora maioria, os réus eram cristãos-novos[18].

Que a comunidade de origem judaica podia ter ainda um peso significativo em Tomar, atesta-o a carta de excusa da Câmara de Tomar, em 1609 enviada em resposta a uma da Câmara de Lisboa que pedia um subsídio para a recepção a Filipe III: "[...] nem forças temos para lhe oferecer ainda mui pequeno serviço; porque esta Vila está a mais miserável de Portugal, porquanto estão presos pelo Santo Ofício mais de 50 homens de Nação, e ausentes muitos mais, os quais eram mui ricos e em cujo trato estava todo o dinheiro deste povo. Além disso, os demais moradores têm poucas fazendas, e estas todas tributárias do Convento, de quem são as melhores rendas, e dos Comendadores, que são muitos, por serem terras da Ordem de Cristo […][19]"

Não seria pois para admirar a sensação de ermamento a que deu lugar a furiosa repressão inquisitorial, já que os interrogatórios, tendo por principal fito a obtenção de denúncias, vinham  a promover novas denúncias, e assim até ao infinito… Quando era preso um cristão-novo de uma povoação, outros se lhe seguiam, enquanto os restantes, se o podiam, fugiam para longe antes que fossem igualmente denunciados. Vilas inteiras se despovoaram parcialmente por este motivo, dando lugar a grave crise económica de que Tomar parece ter sido um exemplo.

A JUNTA DOS PRELADOS

Em 23 de Maio de 1629 foi reunida no Convento de Cristo a Junta dos Prelados do Reino, destinada a “conseguir remédio geral para o judaísmo”[20], onde foram decididas diversas medidas altamente discriminatórias e gravosas contra os cristãos-novos, procurando retirar-lhes quaisquer cargos administrativos ou eclesiásticos e mantendo-os num clima de total e permanente suspeição.

Estas decisões, embora mantidas em sigilo, transpiraram para a população, tendo até surgido em Tomar textos satíricos que não hesitam em atacar os bispos e outros prelados, denunciando a sua ostentação, os verdadeiros e pouco abonatórios motivos da ausência de alguns dos convocados e os obscuros objectivos e pressões que motivaram essa mesma Junta. Este texto critica por igual cristãos-novos e cristãos-velhos, estes pactuando com aqueles por puro interesse. De qualquer modo as conclusões da Junta, aparentemente aceites por Filipe IV, são proteladas pela corte de Madrid, acabando por ser apadrinhadas mais tarde, decerto não por coincidência, por uma junta de letrados castelhanos…[21]

É o último registo em que Tomar se evidencia — pela negativa — na apagada e vil tristeza em que todo o país mergulhara e de que só se libertaria quando o Marquês de Pombal, em 1775, num acto de grande coragem política, decreta aquilo que os próprios reis se não atreveram: a extinção da distinção entre cristãos-novos e cristãos-velhos. Ferida de morte, a sinistra organização arrastaria ainda a sua agonia até 1820, ano do triunfo da Revolução Liberal. Novos tempos, mas tarde demais para tantas e tantas vítimas!

 

 



[1] TAVARES, Maria José Pimenta Ferro, “A Judiaria de Tomar”, preâmbulo à reedição de Tomar e a sua Judaria, de J. M. Santos Simões, Tomar, 1992, pp. I-II.

[2] Ibidem, p. III.

[3] MELA, Romualdo, “Ruas de Tomar e a sua Toponímia”, Boletim Cultural e Informativo da Câmara Municipal de Tomar, Nº 3, Março de 1982, p. 100.

[4] SIMÕES, J. M. Santos, Tomar e a sua Judaria, , Tomar, 1943, p. 46.

[5] Ibidem, pp. III-IV

[6] TAVARES, Ob. cit., pp. VIII-IX.

[7] Ibidem, p. XI.

[8] VELOSO, Carlos, Urbanismo e arquitectura civil de Tomar na época da expansão numa perspectiva turístico-cultural,  dissertação apresentada ao concurso público para Professor Coordenador da Área de História Artística e Cultural do Instituto Politécnico de Tomar, texto fotocopiado, Tomar, Dezembro de 1998, pp. 29-30

[9] Foram consultados, com contribuições diversas, por vezes, contraditórias e sujeitas a correcções: TAVARES, Maria José Pimenta Ferro, Judaísmo e Inquisição - Estudos, Editorial Presença, Lisboa, 1987, p. 80: GRAÇA, Luís Maria Pedroso dos Santos, Convento de Cristo, Elos, Lisboa-Mafra, 1991, p. 48

[10] SERRÃO, Vitor, História da Arte em Portugal. O Renascimento e o Maneirismo (1500-1620), Editorial Presença, Lisboa, 2002, p. 129.

[11] RÉAU, Louis, Iconografia del arte cristiano, Ediciones del Serbal, Barcelona, 1997, Tomo 2, Volume 3, pp.124-125.

[12] ROSA, Amorim, História de Tomar, Tomar, 1988, I Vol., p. 117.

[13] TAVARES, Judaísmo e Inquisição, pp. 80-88.

[14] ROSA, Amorim, Anais, p. 193 e História de Tomar, p. 150.

[15] REIS, João da Encarnação, Panorâmica Vicentina dos Alvores do Quinhentismo, Minerva, Coimbra, 1992, p.60.

[16] Ibidem, p. 116.

[17] TAVARES, Maria José Pimenta Ferro, “Judeus e Cristãos-novos de Tomar”, Actas do VIII Encontro de Professores de História da Zona Centro, 1990, Tomar, 1993, pp.62-63.

[18] TAVARES, “A Judiaria…”, pp. XVI-XVII.

[19] Anais do Município de Tomar - 1581-1700 , recolha, transcrição e notas de Amorim Rosa, Câmara Municipal de Tomar, 1968, p.109

[20] JANA, Ernestro, “A Junta dos Bispos na expressão dos moradores de Tomar”, Os Judeus e os Descobrimentos, Actas do Simpósio Internacional, Tomar, 1992, p. 114.

[21] Ibidem, p. 117-118.

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